Friday, December 9, 2011

"Falha a fala, fala a bala"

Assisti a palestra da professora Fitzgibbon sobre as favelas do brasil. Para mim, o que foi mais perturbante foram as coisas que os jovens diziam sobre a vida na favela. Recordei algumas citações:

"Prefiro ser alguém com uma vida curta do que um ninguém com uma vida longa."

"O meu único amigo é a minha mãe."

"Eu roubo para viver."

"A vida é difícil. Se eu morrer,  vou descansar."

"Meu pai só vinha para me abusar."

"Não sou criança."

"Se você é homem, morre como homem."

Os rapazes que mexem com o tráfico de drogas, disse a professora, vivem até uns 17, 18, talvez 25 anos de idade

Quanto mais eu vejo exemplos assim, mais eu vejo que somos seres sociais. Quer dizer, uma parte grande de quem nós somos é influenciado pela sociedade. Eu tenho compaixão por aqueles rapazes, porque não escolheram adotar um sistema tão disfuncional de ser. A responsibilidade que nós temos é viver de uma forma que não marginaliza as pessoas, e tentar tranformar as tradições e preconceitos prejudicais que pragam a sociedade. Esses rapazes não reijetaram uma vida melhor; eles não sabiam que uma outra vida existisse para eles.

Fácil de dizer, difícil de fazer.

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